21-12-2011
A CICLOFAIXA PERMANENTE DA MARECHAL FLORIANO
Mais um ano que está no fim. Hoje é o 355º dia de 2011. Reta final, pessoal...
Estava passando de carro pela Avenida Marechal Floriano, uma das mais importantes da capital paranaense [une o Centro à região Sul da cidade, bem como é um dos eixos de ligação com São José dos Pinhais], e observei a implantação da CICLOFAIXA, projeto este, que há anos tramita entre as autoridades da cidade, e finalmente está saindo do papel... ou não:
Os textos abaixo em preto são oriundos da GAZETA DO POVO:
“O trecho da ciclofaixa entre o viaduto da Linha Verde e o terminal do Carmo faz parte do programa Sustainable Transport and Air Quality (STAQ) e foi financiado pelo Banco Mundial e pelo Global Environment Facility (GEF), com supervisão pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). O investimento é de R$ 1,6 milhão e não exige contrapartida do município.
Pô, peraí... R$ 1,6 milhões para pintar de vermelho um pedacinho da via, e por um reflexivos em um trecho de pouco mais de 3 quilômetros, e com essa burocracia toda [GEF e ANTP...] brincou, né?!?!? ... Ai, meu Deuuuss, mas continuemos...
Além de Curitiba, outras duas cidades brasileiras foram incluídas no projeto: Belo Horizonte e São Paulo.
No total, a ciclofaixa do corredor Boqueirão terá oito quilômetros de extensão nos dois sentidos. [Eu grifei esta sequência por que vai ser importante na minha opinião mais à frente].
O complemento será feito dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa e permitirá que a faixa permanente chegue até o limite com São José dos Pinhais. Quando toda a obra for concluída, o ciclista que for para o Centro de Curitiba poderá seguir pelas ruas João Negrão, Conselheiro Laurindo e Mariano Torres. Mais à frente ele poderá seguir até a Barreirinha pelas ciclovias já existentes, passando pelo Passeio Público e o Parque São Lourenço”.
Vejam como são as coisas neste país: O complemento da ciclofaixa, até o município de São José dos Pinhais terá investimentos diluídos dentro do PAC da Copa e consumirá [com certeza!] mais alguns milhões. O que não consigo entender é o seguinte... Para uma obra desse tipo, não identifico nenhum tipo de intervenção urbana considerável no seu entorno, como, podemos citar, no caso de obras de revitalizações viárias, como as que estão ocorrendo na própria Regional Boqueirão, em que há uma adequação nas galerias pluviais, escavações, troca de galerias, envolvimento de maquinário, nova malha asfáltica e etc... O que até viabiliza o montante investido.
Obras na Rua Des. Antonio de Paula.
Mas, convenhamos, no caso das ciclofaixas, há tão somente a utilização de um espaço, com a pintura asfáltica e incremento de elementos de segurança, como os blocos reflexivos. Agora surgiu um problema... Veja à seguir, ainda pela GAZETA DO POVO:
Problemas no projeto da primeira ciclofaixa permanente de Curitiba, que está sendo implantada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, podem colocar em risco a segurança dos futuros usuários. Quando anunciado, em 2008, pelo então prefeito de Curitiba Beto Richa, o projeto da ciclofaixa previa a criação de vias exclusivas para bicicletas nos dois sentidos da avenida, com 1,5 metro de largura cada uma.
No entanto, a faixa, que ligará o viaduto da Linha Verde e o Terminal do Carmo, na região sul da cidade, foi entregue com apenas 75 centímetros.
Além disso, a obra deveria ter sido concluída em novembro do ano passado.
De acordo com cicloativistas, além de tornar a faixa insegura para ciclistas, o erro de cálculo fere o artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, que multa o motorista que ultrapassar bicicletas a uma distância inferior a 1,5 metro.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), responsável pela diretriz que prevê a criação da ciclofaixa, diz que, por não existir no Brasil uma metragem-padrão para esse tipo de obra, a base utilizada é a do Manual de Sinalização Horizontal do Denatran. Ainda segundo o Ippuc, o projeto de metragem e execução da obra foi feito pela Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs).
Diâmetro estreito (75cm). Na trena a medida que deveria ser (1,5m)
Foto: Gazeta do Povo
Em nota, a Urbs ressalta que o projeto ainda está em fase de implantação. Eles reconhecem o erro e dizem que serão feitos os reparos necessários. A ciclofaixa continuará tendo sentido único de circulação nas duas vias da avenida, como era previsto. Entretanto, para se adequar aos trechos de desalinhamento existentes ao longo do trecho, em função das canaletas dos biarticulados (que agora precisam de mais espaço por causa da ultrapassagem dos ligeirões), a faixa será reduzida a 1,2 metro de largura nesses locais. Nos demais trechos ela chegará até 1,3 metro.
Então... Vou opinar como leigo usuário que sou, e ao passar pelo local, achei realmente a faixa muito estreita. Mas, entretanto, não sabia que seriam alocadas as ciclofaixas em ambos os lados, em sentidos opostos, seguindo o fluxo das vias. Aí, na minha modesta opinião, a coisa muda um pouco de figura.
Acredito sinceramente que não seria necessário levar a faixa até 1,5 metro de diâmetro, até porque, vamos parar com essa história "hipócrita" de LEI ou Código de Trânsito e de multa por condutor que não respeitar a ultrapassagem do ciclista em 1,5 metro nas vias, pois sabemos muitíssimo bem que aqui no Brasil certas leis não são cumpridas [vide a lei do som alto], e muito menos as emissões de multas.
Nunca vi, nem soube de ninguém ter levado multa por isso...
Eu mesmo já fui derrubado da bike por 2 ou 3 vezes nas ruas, por carros que passaram muito perto de mim. E ninguém foi multado... Só ficaram as feridas e o prejuízo da bike...
Dois termos, duas medidas! Sabem que as vezes eu acho que muitos ativistas também complicam a implantação de algo que pode ser bom.
As ciclofaixas na Marechal serão muito mais que simples ferramentas de mobilidade. No meu simplório entender vão tirar das canaletas as bikes que são EFETIVAMENTE um perigo de vida ante ao movimentos dos enormes bi-articulados. Em contrapartida, o que me preocupa é a singela ferramenta de separação da ciclofaixa para a faixa de rolagem dos autos. Achei-a muito simples. Fazendo uma grosseira comparação, ante o perigo dos ônibus, pois, pelo menos os condutores dos coletivos estão sóbrios e com um pouco de atenção, devido ao seu serviço de transportas vidas. Já nas segregação com as vias particulares, não sabemos a condição de cada condutor... Receio por muitos acidentes no trecho, principalmente envolvendo motoristas alcoolizados.
Ou seja, pessoal... “a ciclofaixa é uma faca de dois gumes”...
Outro detalhe... Para adequar a faixa ciclística ao limite da trena [na imagem mais acima] acho que a prefeitura terá uma “batata quente” nas mãos, pois as faixas de fluxo terão de ser readequadas e digo com certeza: Só haverá espaço para circulação normal de veículos sem conflito se as vagas de estacionamento que foram relocadas para a direita da via fôr eliminada... Bem... Aí, meus amigos, será a vez do comércio local que vai gritar com força reclamando... E aí com razão.
Então, nada melhor que o bom senso.
Eu, sinceramente, acredito que uma faixa de 1 metro de cada lado da avenida está de bom tamanho. Minha preocupação seria com uma ferramente mais eficiente de segregação das vias compartilhadas. Bloquinhos reflexivos são muito pouco, ante à "pluralidade" de condutores que temos por aí.
E combater, através da GM os abusos que ainda ocorrerão com alguns ciclistas ainda circulando nas canaletas. Sempre tem os chatos...
Vale ressaltar que Curitiba possui uma malha de ciclovias extensa, porém, EM NADA FUNCIONAIS. São ótimas para passeios, mas horríveis para deslocamentos diários de trabalhadores, por exemplo. Estão dispostas fora das regiões principais, bem como, das vias arteriais, que seriam bem mais aproveitadas pelos trabalhadores e estudantes, no incentivo para o uso da bike como transporte. Eu mesmo até ficaria animado em trocar o carro/ônibus pela bike, mas depois dos acidentes que sofri pelo descuido dos condutores, isso ficou para segundo plano.
Nem vou falar sobre a ciclofaixa de lazer [aos domingos] implantada no centro porque é uma verdadeira piada de mal gosto.
Muitíssimo obrigado pela visita ao C&M.
Acredito sinceramente que não seria necessário levar a faixa até 1,5 metro de diâmetro, até porque, vamos parar com essa história "hipócrita" de LEI ou Código de Trânsito e de multa por condutor que não respeitar a ultrapassagem do ciclista em 1,5 metro nas vias, pois sabemos muitíssimo bem que aqui no Brasil certas leis não são cumpridas [vide a lei do som alto], e muito menos as emissões de multas.
Nunca vi, nem soube de ninguém ter levado multa por isso...
Eu mesmo já fui derrubado da bike por 2 ou 3 vezes nas ruas, por carros que passaram muito perto de mim. E ninguém foi multado... Só ficaram as feridas e o prejuízo da bike...
Dois termos, duas medidas! Sabem que as vezes eu acho que muitos ativistas também complicam a implantação de algo que pode ser bom.
As ciclofaixas na Marechal serão muito mais que simples ferramentas de mobilidade. No meu simplório entender vão tirar das canaletas as bikes que são EFETIVAMENTE um perigo de vida ante ao movimentos dos enormes bi-articulados. Em contrapartida, o que me preocupa é a singela ferramenta de separação da ciclofaixa para a faixa de rolagem dos autos. Achei-a muito simples. Fazendo uma grosseira comparação, ante o perigo dos ônibus, pois, pelo menos os condutores dos coletivos estão sóbrios e com um pouco de atenção, devido ao seu serviço de transportas vidas. Já nas segregação com as vias particulares, não sabemos a condição de cada condutor... Receio por muitos acidentes no trecho, principalmente envolvendo motoristas alcoolizados.
Apesar da foto trêmula... Desculpem! Já há usuários na ciclofaixa...
Ou seja, pessoal... “a ciclofaixa é uma faca de dois gumes”...
Outro detalhe... Para adequar a faixa ciclística ao limite da trena [na imagem mais acima] acho que a prefeitura terá uma “batata quente” nas mãos, pois as faixas de fluxo terão de ser readequadas e digo com certeza: Só haverá espaço para circulação normal de veículos sem conflito se as vagas de estacionamento que foram relocadas para a direita da via fôr eliminada... Bem... Aí, meus amigos, será a vez do comércio local que vai gritar com força reclamando... E aí com razão.
Migrar as "magrelas" das canaletas para as ciclofaixas...
... Principal meta das ciclofaixas.
Então, nada melhor que o bom senso.
Eu, sinceramente, acredito que uma faixa de 1 metro de cada lado da avenida está de bom tamanho. Minha preocupação seria com uma ferramente mais eficiente de segregação das vias compartilhadas. Bloquinhos reflexivos são muito pouco, ante à "pluralidade" de condutores que temos por aí.
E combater, através da GM os abusos que ainda ocorrerão com alguns ciclistas ainda circulando nas canaletas. Sempre tem os chatos...
Vale ressaltar que Curitiba possui uma malha de ciclovias extensa, porém, EM NADA FUNCIONAIS. São ótimas para passeios, mas horríveis para deslocamentos diários de trabalhadores, por exemplo. Estão dispostas fora das regiões principais, bem como, das vias arteriais, que seriam bem mais aproveitadas pelos trabalhadores e estudantes, no incentivo para o uso da bike como transporte. Eu mesmo até ficaria animado em trocar o carro/ônibus pela bike, mas depois dos acidentes que sofri pelo descuido dos condutores, isso ficou para segundo plano.
Ciclofaixa central "domingueira" ( Para mim, piada.)
Nem vou falar sobre a ciclofaixa de lazer [aos domingos] implantada no centro porque é uma verdadeira piada de mal gosto.
E você? É à favor da implantação de ciclofaixas? As prefeituras podem, na sua opinião, ter um papel mais importante, e até mesmo vital no incentivo de escolha de um meio de transporte mais ecológico e saudável? É possível conciliar bikes e automóveis nos caóticos centros urbanos? Você utiliza ou utilizaria este meio de transporte, caso sua cidade adotasse meios para facilitar o seu deslocamento seguro? Dê sua opinião, deixando um comentário... Obrigado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário