VITRAL da
SEMANA C&M
Arquipélago
de SOCOTRA
O
arquipélago é tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e dispensa
qualquer noção do que é considerado “normal” para uma paisagem terrestre. O arquipélago
ficou geograficamente isolado da África há 6 ou 7 milhões de anos. Como nas
ilhas Galápagos, possui cerca de 700 espécies raras e muito diferentes. O clima
é árido, e mesmo assim lá estão exemplares incríveis de plantas – algumas
espécies não apresentaram variações nos últimos 20 milhões de anos.
Localização do arquipélago
Socotra
ou Socotorá (em árabe سقطرة “Suqutrah”) é um pequeno arquipélago formado por
quatro ilhas no Oceano Índico, distante cerca de 250 km a leste do cabo
Guardafui e a uns 380 km a sudeste da costa do Iémen, país que administra
Socotorá em nome do Sultanato de Mahra e Socotorá.
A Ilha Principal do arquipélago (Foto Satélite) : Socorotá
O
arquipélago é formado por uma ilha montanhosa principal, Socotorá (3.625 km²),
três ilhas menores, conhecidas coletivamente como "Os Irmãos" (Abd Al
Kuri, Samha e Darsa), e ainda outras pequenas ilhotas desabitadas. Abd Al Kuri
e Samha somam uma população de umas poucas centenas de pessoas, enquanto que
Darsa está desabitada. A principal cidade é Hadiboh (43.000 habitantes em
2004).
Socotorá
é uma das ilhas de origem continental mais isoladas do mundo, separando-se
provavelmente da África como uma falha durante o Plioceno médio, no mesmo
conjunto de eventos que abriu o Golfo de Áden para o noroeste.
O
clima em geral é desértico tropical, com poucas chuvas, concentradas no inverno
e mais abundantes nas maiores alturas do que nas zonas costeiras. O clima é
fortemente influenciado pela monção. De junho a setembro tradicionalmente a
ilha era inacessível por causa dos fortes ventos.
Os
habitantes de Socotorá criam gado e cabras. A maioria vive sem eletricidade,
água corrente ou estradas pavimentadas. Nos finais da década de 1990, foi
implementado um Programa da Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento dedicado à ilha. Assim, em julho de 1999 um novo aeroporto
internacional permitiu o acesso a Socotorá durante todo o ano. Nas ilhas se
fala um idioma semítico próprio, o socotri, que está relacionado com outros
idiomas da península Arábica.
O grande
isolamento geológico do arquipélago, juntamente com o intenso calor e a falta
de água, deu origem a uma interessante flora endêmica que é muito vulnerável a
mudanças. Pelo menos um terço das 800 espécies de plantas que se encontram em
Socotorá são endemismos. Os botânicos situam a flora de Socotorá entre as dez
que correm os maiores perigos de extinção no mundo. Umas das plantas que se
destacam é a "Dracaena cinnabari", uma árvore seiva de cor vermelha,
procurada na Antiguidade para ser usada na Medicina e na tinturaria.
A Dracaena Cinnabari é também símbolo das ilhas
Assim
como ocorre com outras ilhas isoladas, os morcegos são os únicos mamíferos
nativos da ilha. Em contraste, a diversidade marinha é muito grande, e se
caracteriza pela presença de espécies originárias das regiões biológicas
próximas: o Oceano Índico e o Mar Vermelho.
A
primeira monção às ilhas de Socotorá aparecem através de manuscritos de
navegação de Périplo pelo Mar Eritreu, no século I. Nas notas da tradução feita
por G. W. B. Huntingford, assinala-se que o nome de Socotorá não é de origem
grega, mais que procede do sânscrito "dvipa sukhadhara" ("ilha
da felicidade").
Uma lenda
local conta que os habitantes foram convertidos ao cristianismo pelo apóstolo
São Tomé no ano 52. No século X, o geógrafo árabe Abi Zaid Hassan comentou que
a maioria dos habitantes das ilhas eram cristãos. Posteriormente, quando da
chegada dos portugueses, o cristianismo havia desaparecido das ilhas, exceto
por umas cruzes de pedra que Hassan afirmou que as pessoas adoravam.
Contudo,
durante uma visita à ilha por parte de São Francisco Xavier, este encontrou um
grupo de pessoas que se declaravam ser descendentes dos convertidos por São
Tomé.
O
explorador português Tristão da Cunha (imagem ao lado) desembarcou nas ilhas em 1503 e tomou
posse das mesmas para a Coroa de Portugal, ocupando-a em 1507.
Estrategicamente
localizadas no acesso ao mar Vermelho, o rei D. Manuel I determinou a
construção de uma fortificação em Socotorá, destinada a impedir o comércio
islâmico na região.
A tarefa também foi confiada a Tristão da Cunha, que ocupou a ilha
em 1507, tendo as obras ficado a cargo do mestre de pedraria Tomás Fernandes.
Porém, tendo a
fortificação se revelado ineficaz para o fim proposto, o controle do acesso ao
mar Vermelho, foi desmantelada poucos anos após, em 1512, e em seguida o
arquipélago passou para o controle dos sultões Mahra.
O arquipélago passou a
ser um protetorado britânico em 1886 devido à sua posição estratégica,
controlando o estreito de Áden.
Finalmente, com a
independência do Iémen, em 1967, as ilhas passaram à sua soberania.
O C&M
deseja uma ótima semana...
Mas como sempre, agradecendo sua visita!!!
Tchau!
Muito linda a região, mas sofrida pela falta de chuvas. Achei interessante, confesso que não sabia da existência deste arquipélago africano.
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