Olá, pessoal... Tudo bem?
Quem já assistiu a trilogia de filmes "Senhor dos Anéis" ou "O hobbit" lembra, com certeza, das famosas casas dos pequenos, encravadas na terra, não?
Pois, é.
Mas ocorre que a ficção é muito próxima da realidade na cidade australiana de:
Coober
Pedy é uma pequena cidade localizada na Austrália Meridional (Estado de South Australia), a meio caminho
entre Adelaide e Alice Springs.
Tornou-se um ponto de parada popular e até mesmo curioso destino
turístico, especialmente após 1987, quando a modernização, sinalização e asfaltamento da Estrada Stuart (Stuart Highway #87) foi concluída.
Conta hoje com aproximadamente 3.000 habitantes. O nome da
cidade vem da palavra aborígene “kupa-piti”, que significa buracos para
homens-brancos. Os povos aborígenes têm uma tênue ligação de longa data com
a região.
A cidade é maior produtora de opala do mundo –
sendo considerada a capital mundial deste minério - contribuindo para que a
Austrália seja o maior país produtor do gênero, com 98% da fatia mundial (O
Brasil ocupa a 2ª colocação).
Uma pedra de opala - A cidade é a capital mundial da mineração da pedra
Sua
fundação data da década de 1910, quando o primeiro explorador europeu a passar
perto do local foi o escocês John McDouall Stuart, entretanto, a cidade não foi
estabelecida até o ano de 1915, quando a primeira pedra de opala foi descoberta
por Wille Hutchison. Com isso, os
mineiros rapidamente se estabeleceram na região, em 1916.
O Explorador John McDouall Stuart - Sua rota exploratória - selo comemorativo
A cidade tem mais de setenta campos de opala e é a maior
área de mineração da pedra no mundo.
Em 1999, havia mais de 250.000 entradas e
buracos de minas espalhados pelos arredores da cidade e uma lei foi estabelecida para controlar a mineração em
grande escala, permitindo que cada prospector tivesse no máximo uma área de 165
pés quadrados (cerca de 15 m²).
Mas vamos falar da particularidade mas importante de Coober Pedy: Quase tudo na cidade é subterrâneo: casas,
lojas, hotéis, bares, galerias de arte e até as igrejas. Isto porque as
chamadas "dugouts" (covas escavadas) são para os moradores escaparem
do calor sufocante do deserto.
Por isso, Coober Pedy, hoje, arrecada muito também no turismo.
A indústria de mineração de opala ainda fornece emprego para membros da comunidade e sua própria sustentabilidade.
A indústria de mineração de opala ainda fornece emprego para membros da comunidade e sua própria sustentabilidade.
As severas temperaturas do deserto australiano –
principalmente no verão – fazem com que muitos de seus moradores habitem em
cavernas entalhadas nas várias encostas existentes (as chamadas “dugouts”).
Para se ter uma idéia, uma “casa-caverna” com três
quartos, sala, cozinha e banheiro, podem ser escavados e construídos à um preço
muito semelhante de uma casa na superfície.
Para
os prédios na superfície, como o posto policial e ambulatorial, posto de gasolina entre outros
poucos, aí não tem jeito: São dotados de potentes ar-condicionados, para poder
suportar temperaturas que no verão podem superar os 48° centígrados.
Dificilmente a umidade relativa do ar supera os 20% no ano, onde as precipitações são raras. Durante o ano, inclusive no inverno, a temperatura média fica em torno de 30 ou 32° centígrados, com queda brusca de temperatura somente à noite e madrugada, como é típico de regiões desérticas.
Dificilmente a umidade relativa do ar supera os 20% no ano, onde as precipitações são raras. Durante o ano, inclusive no inverno, a temperatura média fica em torno de 30 ou 32° centígrados, com queda brusca de temperatura somente à noite e madrugada, como é típico de regiões desérticas.
As
atrações de visitantes em Coober Pedy incluem as próprias minas, os hotéis, o cemitério
e as igrejas (a Igreja Ortodoxa Sérvia e a Igreja Católica), todas subterrâneas.
Abaixo, uma pequena sequência de imagens:
Pode-se
chegar à cidade de carro utilizando a Stuart Highway (Rote 87) saindo de Adelaide ou Alice Springs.
Há também uma rota de ônibus diária saindo de Adelaide:
A Greyhound Austrália oferta o serviço pela linha GX580 (Adelaide > Alice Springs)
São 12 horas de viagem, saindo de Adelaide sempre as 18:00 e chegando em Coober Pedy cerca por volta das 05:15 da manhã seguinte. Página da empresa:
Há ainda, uma opção ferroviária, através do "The Ghan Train".
O The Ghan Train cruza o país inteiro ligando as cidades de Darwin (ao norte) com Adelaide (ao sul). Normalmente, 02 (duas) vezes por semana.
Faz duas longas paradas nas cidades de Katherine e Alice Springs para passeios locais.
Oferece conforto e uma certa sofisticação aos passageiros enquanto cruza o vastos desertos centrais. A viagem de 3 mil quilômetros dura 2 noites e 3 dias.
Mas neste caso, para chegar em Coober Pedy, é preciso desembarcar em um ponto de parada, denominado "Manguri" (Contâiner Manguri), utilizado mais para manutenção e abastecimento das composições (Vejam nas imagens)...
Normalmente os passageiros são proibidos de descer ali, exceto se conseguirem uma autorização prévia de translado, com contratação de transbordo entre a parada e a cidade de Coober Pedy, antes de sair de Adelaide ou Alice Springs.
Vale lembrar que o contâiner é totalmente isolado e a cidade fica distante cerca de 42 quilômetros. Página da Great Southern Rail, que administra o The Ghan Train:
Coober Pedy é também a porta de entrada para algumas comunidades rurais ("outback"), como Oodnadatta e William Creek, que estão localizados no Oodnadatta Track. Há uma viagem duas vezes por semana, saindo da cidade, para essas comunidades e outros vilarejos locais para entrega e coleta de correio, frete geral e passageiros.
Abaixo, uma pequena sequência de imagens:
Há também uma rota de ônibus diária saindo de Adelaide:
A Greyhound Austrália oferta o serviço pela linha GX580 (Adelaide > Alice Springs)
São 12 horas de viagem, saindo de Adelaide sempre as 18:00 e chegando em Coober Pedy cerca por volta das 05:15 da manhã seguinte. Página da empresa:
Há ainda, uma opção ferroviária, através do "The Ghan Train".
O The Ghan Train cruza o país inteiro ligando as cidades de Darwin (ao norte) com Adelaide (ao sul). Normalmente, 02 (duas) vezes por semana.
Faz duas longas paradas nas cidades de Katherine e Alice Springs para passeios locais.
Oferece conforto e uma certa sofisticação aos passageiros enquanto cruza o vastos desertos centrais. A viagem de 3 mil quilômetros dura 2 noites e 3 dias.
Mas neste caso, para chegar em Coober Pedy, é preciso desembarcar em um ponto de parada, denominado "Manguri" (Contâiner Manguri), utilizado mais para manutenção e abastecimento das composições (Vejam nas imagens)...
Normalmente os passageiros são proibidos de descer ali, exceto se conseguirem uma autorização prévia de translado, com contratação de transbordo entre a parada e a cidade de Coober Pedy, antes de sair de Adelaide ou Alice Springs.
Vale lembrar que o contâiner é totalmente isolado e a cidade fica distante cerca de 42 quilômetros. Página da Great Southern Rail, que administra o The Ghan Train:
http://www.greatsouthernrail.com.au/trains/the-ghan
Via aérea:
A companhia aérea Regional Express também tem vôos diretos para Adelaide, partindo do Coober Pedy Airport:
Avião da ReX - Regional Express (Imagem de Adrian Ratter)
Coober Pedy é também a porta de entrada para algumas comunidades rurais ("outback"), como Oodnadatta e William Creek, que estão localizados no Oodnadatta Track. Há uma viagem duas vezes por semana, saindo da cidade, para essas comunidades e outros vilarejos locais para entrega e coleta de correio, frete geral e passageiros.
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