segunda-feira, 10 de julho de 2017

Svalbard Global Seed Vault


O Svalbard Global Seed Vault (Silo Global de Sementes de Svalbard), também conhecido como Svalbard International Seed Vault (Silo Internacional de Sementes da Svalbard), em norueguês: Svalbard globale frøhvelv, é o maior silo reservatório para sementes do mundo, e foi construído (ainda está em fase de ampliação) próximo da localidade de Longyearbyen (população de aprox. 16900 habitantes), no remoto arquipélago Ártico de Svalbard, que fica cerca de somente 1.120 km ao sul do pólo norte.


O Silo de Svalbard tem como objetivo salvaguardar a biodiversidade das espécies de cultivos que sirvam como alimento para as populações do mundo e seus países. O repositório preservará cerca 90% das sementes conhecidas existentes no mundo, doadas pelos países produtores.

Entrada do silo de Svalbard

O silo é gerenciado sob os termos definidos em um acordo tripartite entre o governo Norueguês, o Fundo para a Diversidade Global de Cultivos (Global Crop Diversity Trust) e o Banco de Genes Norueguês (Nordic Gene Bank).


O Banco de Genes Norueguês é um esforço de cooperação entre todos os países nórdicos, sob a supervisão do Conselho Nórdico de Ministros (Nordic Council of Ministers).

A fundação Bill & Melinda Gates, através de um projeto em parceria com a ONU, financiou o custo de construção do Silo, estimado em cerca de 30 milhões de dólares.


O Fundo para a Diversidade Global de Cultivos desempenhou uma função fundamental no planejamento do Silo de Svalbard e na coordenação do envio das amostras de sementes para o Silo, em parceria com o Banco de Genes Norueguês.


O Fundo garantirá a maior parte dos custos operacionais para as instalações, tendo já separado os recursos para tal, ao mesmo tempo em que o Governo Norueguês arcará com os custos de manutenção da estrutura em si.

A Fundação Gates desembolsou aproximadamente 750 mil dólares para auxiliar a países em desenvolvimento e centros de pesquisa no empacotamento e envio das sementes.


Um Conselho Consultivo Internacional está sendo estabelecido para garantir a supervisão do Silo e oferecer aconselhamento. Este Conselho incluirá representantes da FAO, da CGIAR, do International Treaty on Plant Genetic Resources, e de outras instituições.


O silo foi construído no Monte Spitsein, em Svalbard, e é uma estrutura inteiramente subterrânea. O arquipélago de Svalbard situa-se a 1.000 km ao norte da Noruega continental, e foi escolhido por ser um lugar a salvo das possíveis alterações climáticas causadas pelo aquecimento global e/ou quaisquer outras causas.


Em 19 de junho de 2006 os primeiros-ministros da Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia participaram em uma cerimônia de início das construções, "colocando a primeira pedra".

As obras decorreram por sete meses. A inauguração do silo ocorreu em 2008.


O silo tem capacidade para abrigar três bilhões de sementes. O restante será preservado através de coleções de plantas vivas ou em laboratório. As câmaras estarão a -18 °C, e se por alguma razão o sistema elétrico de refrigeração falhar, o montante de gelo e neve que naturalmente recobre o silo (Permafrost) manterá as sementes entre -4 °C e -6 °C.


Ao longo da cobertura do silo e de sua fachada exposta existe uma instalação luminosa chamada Perpetual Repercussion, realizada pela artista norueguesa Dyveke Sanne, que marca a localização do cofre à distância.


Na Noruega, projetos financiados pelo governo que excedem certo orçamento devem conter uma obra de arte. KORO, a agência estatal norueguesa responsável por administrar arte em lugares públicos, entrou em contato com a artista para instalar uma obra luminosa que ressaltasse a importância e a beleza da aurora boreal.


A cobertura e a entrada do cofre são cobertas por placas de aço inoxidável de alta reflexibilidade. No verão, a instalação reflete as luzes polares enquanto que no inverno, uma rede de 200 cabos de fibra óptica dá à instalação uma cor esverdeada.

Em setembro de 2015, houve a primeira retirada de sementes para repor um banco genético de Aleppo, na Síria, e que foi parcialmente danificado por conta da guerra civil no país.

Infiltração ... 

A Noruega anunciou que irá aumentar a proteção do banco de sementes, depois que as altas temperaturas provocaram um vazamento de água em seu túnel de entrada


Situada no interior de uma montanha remota, em uma ilha do arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico, a Global Seed Vault (apelidada de “arca do fim do mundo”) é a maior instalação deste tipo, capaz de armazenar mais de 2,5 bilhões de sementes.

A temperatura gelada em seu interior permite manter as sementes armazenadas durante longo tempo. Mas, em outubro de 2016, ano mais quente já registrado, as temperaturas do mar ficaram, em média, 4°C mais quentes e o permafrost (solo permanentemente gelado da região) derreteu. Com isso, a água inundou 15 metros na entrada do túnel principal que tem 100 metros de extensão, da construção. Desde então, o aumento contínuo das temperaturas no Ártico, tem deixado os cientistas preocupados, uma vez que outra inundação poderia representar uma ameaça à conservação das sementes.


Temos que ouvir os especialistas em clima, estamos preparados para fazer o que for para proteger a abóbada de sementes”, disse à AFP Hege Njaa Aschim, porta-voz do governo norueguês. Os responsáveis pelo banco estão construindo uma parede impermeável em seu interior, como forma de proteção adicional. Além disso, trincheiras estão sendo cavadas para canalizar a água e todas as fontes de calor foram afastadas, assinalou Aschim, para garantir que a temperatura dentro da estrutura fique em torno dos -18°C.


Felizmente, apesar de todas as ameaças trazidas pelo aquecimento global e do vazamento de água no Banco de Svalbard, até agora nenhuma semente foi perdida. Os responsáveis disseram que, no episódio de inundação no túnel, depois de entrar no Banco de Svalbard, a água congelou novamente antes de atingir o espaço onde ficam as sementes, sendo retirada logo em seguida.

Existem 1,7 mil bancos genéticos em todo o mundo, que salvaguardam conjuntos de cultivos alimentares. No entanto, muitos deles estão expostos a desastres naturais e guerras, segundo o consórcio Global Crop Diversity.



BLOG:

Todo cuidado com a perpetuação de nossa espécie é bem-vinda, mas sinceramente, espero que NUNCA tenhamos que utilizar este suprimento reserva. Que a chance de um conflito apocalíptico seja remoto e nossas gerações futuras possam viver num mundo melhor e mais globalizado.


OBRIGADO por sua VISITA!!!

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