O Svalbard Global Seed Vault (Silo Global de Sementes de
Svalbard), também conhecido como Svalbard International Seed Vault (Silo
Internacional de Sementes da Svalbard), em norueguês: Svalbard globale
frøhvelv, é o maior silo reservatório para sementes do mundo, e foi construído
(ainda está em fase de ampliação) próximo da localidade de Longyearbyen (população de aprox. 16900 habitantes), no remoto arquipélago Ártico de Svalbard, que fica cerca de somente 1.120
km ao sul do pólo norte.
O Silo de Svalbard tem como objetivo salvaguardar a
biodiversidade das espécies de cultivos que sirvam como alimento para as populações
do mundo e seus países. O repositório preservará cerca 90% das sementes
conhecidas existentes no mundo, doadas pelos países produtores.
Entrada do silo de Svalbard
O silo é gerenciado sob os termos definidos em um acordo
tripartite entre o governo Norueguês, o Fundo para a Diversidade Global de
Cultivos (Global Crop Diversity Trust) e o Banco de Genes Norueguês (Nordic
Gene Bank).
O Banco de Genes Norueguês é um esforço de cooperação entre
todos os países nórdicos, sob a supervisão do Conselho Nórdico de Ministros
(Nordic Council of Ministers).
A fundação Bill & Melinda Gates, através de um projeto
em parceria com a ONU, financiou o custo de construção do Silo, estimado em
cerca de 30 milhões de dólares.
O Fundo para a Diversidade Global de Cultivos desempenhou
uma função fundamental no planejamento do Silo de Svalbard e na coordenação do
envio das amostras de sementes para o Silo, em parceria com o Banco de Genes
Norueguês.
O Fundo garantirá a maior parte dos custos operacionais para
as instalações, tendo já separado os recursos para tal, ao mesmo tempo em que o
Governo Norueguês arcará com os custos de manutenção da estrutura em si.
A Fundação Gates desembolsou aproximadamente 750 mil dólares
para auxiliar a países em desenvolvimento e centros de pesquisa no
empacotamento e envio das sementes.
Um Conselho Consultivo Internacional está sendo estabelecido
para garantir a supervisão do Silo e oferecer aconselhamento. Este Conselho
incluirá representantes da FAO, da CGIAR, do International Treaty on Plant
Genetic Resources, e de outras instituições.
O silo foi construído no Monte Spitsein, em Svalbard, e é
uma estrutura inteiramente subterrânea. O arquipélago de Svalbard situa-se a 1.000
km ao norte da Noruega continental, e foi escolhido por ser um lugar a salvo
das possíveis alterações climáticas causadas pelo aquecimento global e/ou
quaisquer outras causas.
Em 19 de junho de 2006 os primeiros-ministros da Noruega,
Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia participaram em uma cerimônia de início
das construções, "colocando a primeira pedra".
As obras decorreram por sete meses. A inauguração do silo ocorreu
em 2008.
O silo tem capacidade para abrigar três bilhões de sementes.
O restante será preservado através de coleções de plantas vivas ou em
laboratório. As câmaras estarão a -18 °C, e se por alguma razão o sistema
elétrico de refrigeração falhar, o montante de gelo e neve que naturalmente
recobre o silo (Permafrost) manterá as sementes entre -4 °C e -6 °C.
Ao longo da cobertura do silo e de sua fachada exposta
existe uma instalação luminosa chamada Perpetual Repercussion, realizada pela
artista norueguesa Dyveke Sanne, que marca a localização do cofre à distância.
Na Noruega, projetos financiados pelo governo que excedem
certo orçamento devem conter uma obra de arte. KORO, a agência estatal
norueguesa responsável por administrar arte em lugares públicos, entrou em
contato com a artista para instalar uma obra luminosa que ressaltasse a
importância e a beleza da aurora boreal.
A cobertura e a entrada do cofre são
cobertas por placas de aço inoxidável de alta reflexibilidade. No verão, a
instalação reflete as luzes polares enquanto que no inverno, uma rede de 200
cabos de fibra óptica dá à instalação uma cor esverdeada.
Em setembro de 2015, houve a primeira retirada de sementes
para repor um banco genético de Aleppo, na Síria, e que foi parcialmente
danificado por conta da guerra civil no país.
A Noruega anunciou que irá aumentar a proteção do banco de
sementes, depois que as altas temperaturas provocaram um vazamento de água em
seu túnel de entrada.
Situada no interior de uma montanha remota, em uma ilha
do arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico, a Global Seed Vault (apelidada
de “arca do fim do mundo”) é a maior instalação deste tipo, capaz de armazenar
mais de 2,5 bilhões de sementes.
A temperatura gelada em seu interior permite manter as
sementes armazenadas durante longo tempo. Mas, em outubro de 2016, ano mais
quente já registrado, as temperaturas do mar ficaram, em média, 4°C mais
quentes e o permafrost (solo permanentemente gelado da região) derreteu. Com isso,
a água inundou 15 metros na entrada do túnel principal que tem 100 metros de
extensão, da construção. Desde então, o aumento contínuo das temperaturas no
Ártico, tem deixado os cientistas preocupados, uma vez que outra inundação
poderia representar uma ameaça à conservação das sementes.
Temos que ouvir os especialistas em clima, estamos
preparados para fazer o que for para proteger a abóbada de sementes”, disse à
AFP Hege Njaa Aschim, porta-voz do governo norueguês. Os responsáveis pelo
banco estão construindo uma parede impermeável em seu interior, como forma de
proteção adicional. Além disso, trincheiras estão sendo cavadas para canalizar
a água e todas as fontes de calor foram afastadas, assinalou Aschim, para
garantir que a temperatura dentro da estrutura fique em torno dos -18°C.
Felizmente, apesar de todas as ameaças trazidas pelo
aquecimento global e do vazamento de água no Banco de Svalbard, até agora
nenhuma semente foi perdida. Os responsáveis disseram que, no episódio de
inundação no túnel, depois de entrar no Banco de Svalbard, a água congelou
novamente antes de atingir o espaço onde ficam as sementes, sendo retirada logo
em seguida.
Existem 1,7 mil bancos genéticos em todo o
mundo, que salvaguardam conjuntos de cultivos alimentares. No entanto, muitos
deles estão expostos a desastres naturais e guerras, segundo o consórcio Global
Crop Diversity.
BLOG:
Todo cuidado com a perpetuação de nossa espécie é bem-vinda, mas sinceramente, espero que NUNCA tenhamos que utilizar este suprimento reserva. Que a chance de um conflito apocalíptico seja remoto e nossas gerações futuras possam viver num mundo melhor e mais globalizado.
Todo cuidado com a perpetuação de nossa espécie é bem-vinda, mas sinceramente, espero que NUNCA tenhamos que utilizar este suprimento reserva. Que a chance de um conflito apocalíptico seja remoto e nossas gerações futuras possam viver num mundo melhor e mais globalizado.
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