sexta-feira, 30 de março de 2012

O Mistério do Varig PP-VLU

O Mistério do Vôo Varig Cargo PP-VLU

Em janeiro de 1979, um Boeing 707-323, Cargueiro, prefixo PP-VLU  da Varig desapareceu sobre o Oceano Pacífico após a decolagem em Tóquio. Nenhum sinal da queda (destroços ou corpos) foi encontrado. Nunca! O vôo de carga transportava, entre outros itens, 153 quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão. As pinturas foram avaliadas na época em mais de US$ 1,24 milhão. É conhecido por ser o maior mistério da história da aviação até os dias de hoje.


O avião cargueiro Boeing 707-323C levantou voo do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, no Japão, às 20h23 do dia 30 de janeiro de 1979. O destino final era o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão, com uma escala nos Estados Unidos.

Aeroporto de Narita, Japão. 2004.

Cerca de vinte e dois minutos depois de decolar, o comandante Gilberto Araújo da Silva fez o primeiro contato com a torre de controle. Ok. Não havia qualquer problema a bordo. O segundo contato, previsto para as 21h23min, porém, não chegou a ser feito.

O avião desapareceu sobre o Oceano Pacífico cerca de trinta minutos após sua decolagem em Tóquio. Nenhum sinal da queda, como destroços ou corpos, jamais foi encontrado. O vôo de carga transportava, entre outros itens, 153 quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão. As pinturas foram avaliadas na época em mais de US$ 1,24 milhão. É conhecido por ser o maior mistério da história da aviação e o único jato civil comercial que desapareceu sem deixar vestígios até os dias de hoje.

O artista Manabu Mabe

A tripulação do Boeing 707 Cargo era formada por seis homens: o comandante Gilberto Araújo da Silva - mesmo comandante sobrevivente do Vôo Varig RG-820, que foi obrigado a fazer um pouso de emergência nas proximidades do Aeroporto de Orly, na França, em 1973, por um incêndio a bordo que matou 123 pessoas – o comandante Erni Peixoto Mylius, atuando como 1º oficial, 2º oficial Antonio Brasileiro da Silva Neto, 2º oficial Evan Braga Saunders, (atuando como co-pilotos) José Severino Gusmão de Araújo e Nícola Exposito (mecânicos de voo).


Vôo Varig RG-820 acidentado na França

A tripulação do Vôo Varig PP-VLU que decolou do Japão em 1979

Inclusive, este foi também um dos raríssimos casos da aviação comercial mundial em que um piloto (comandante Gilberto) se envolve em dois desastres aéreos fatais.


O desaparecimento foi notado pelos controladores de vôo após a falta de comunicação na passagem do PP-VLU sobre um dos pontos imaginários fixos sobre o oceano, usados na navegação e monitoramento de progresso de voo. 

O Boeing 707 Cargo Varig PP-VLU, em Milão, em agosto de 1976, três anos antes do seu desaparecimento. Foto: © Werner Fischdick Collection

Após uma hora de tentativas desesperadas e frustradas de se estabelecer alguma comunicação com a aeronave, o alarme foi dado e as equipes de busca e salvamento foram acionadas. Com a escuridão reinante, as buscas foram suspensas e só foram retomadas mais de doze horas depois da decolagem, na manhã do dia seguinte. 

Apesar de mais de oito dias de busca intensa no mar, nenhum sinal de destroços, manchas de óleo ou dos corpos dos tripulantes jamais foi encontrado.

Mais uma foto do PP-VLU. Crédito: @ Bob Garrard

A investigação interna da Varig não conseguiu resolver o enigma. No relatório final sobre o acidente, consta o seguinte: "Não foi possível encontrar nenhum indício que lançasse qualquer luz sobre as causas do desaparecimento da aeronave".

Com isso, muitas hipóteses e teorias foram formadas para tentar entender o que ocorreu com o Boeing 707 da Varig. As teorias da conspiração lançaram no ar algumas delas:

1 - Teria ocorrido um sequestro promovido por colecionadores de arte, já que no porão estavam as obras do pintor Manabu Mabe. No entanto, vestícios dessas pinturas jamais foram achadas em lugar nenhum do mundo.

2 - O Boeing teria sido abatido por soviéticos, interessados em esconder segredos militares preciosos de um caça Mikoyan-Gurevich MiG-25 que supostamente estaria desmontado e sendo levado, secretamente,  aos Estados Unidos na escala do vôo em Los Angeles. O ex-rádio-operador e ex-co-piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) Oswaldo Profeta chegou a escrever um romance chamado "O Mistério do 707" para dizer que o que houve não foi um acidente. Ele acredita que o Boeing pode ter, por algum motivo, penetrado no espaço aéreo soviético, uma área supervigiada. Segundo Profeta, é possível que o avião tenha sido abatido. Não pode-se descartar esta hipótese, vito que na história da aviação recente, tivemos alguns vôos coreanos e japoneses abatidos por MiG’s soviéticos.

O PP-VLU pode ter sido abatido por Mig"s soviéticos como no caso REAL do vôo Korean Air Lines 902 (1978) e do Vôo Korean Air Lines 007 (1983).

3 - Uma outra teoria conta que o Boeing 707 teria sido forçado a um pouso na costa da Rússia, onde os tripulantes teriam sido mortos.

4 - Mas a hipótese mais plausível (que eu também creio), no entanto, considera que, logo após a decolagem, com a aeronave já tendo atingido um nível de cruzeiro elevado, houve uma despressurização lenta e constante na cabine, o que não causou a explosão da aeronave, ou seja, não foi uma descompressão explosiva, mas que lentamente sufocou os pilotos.

Mais uma foto do PP-VLU

O avião, então, segundo uma linha de raciocínio, vôou com ajuda do piloto automático por muitos quilômetros mais, até que, findo o combustível, caiu sobre o mar em algum ponto extremamente distante dos locais por onde passaram as buscas. Portanto, explicaria o fracasso das equipes de buscas e nenhum destroço ter sido encontrado, sendo provável, como largamente aceito, que estejam ou no fundo do vasto Oceano Pacífico, ou (em menor probabilidade) sobre alguma área inabitada do estado americano do Alasca.


NOTA: Por sua extrema perícia profissional em impedir que um Boeing 707 em chamas caísse sobre os subúrbios de Paris (Vôo RG-820), fazendo-o pousar num campo de cebolas ao lado do vilarejo de Saulx-les-Chartreux, a alguns quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto, o comandante Gilberto foi condecorado pelo Ministério dos Transportes da República da França e considerado heroi nacional francês apesar de nacionalidade brasileira e também agraciado pelo governo brasileiro com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de Cavaleiro.

Comandante Gilberto Araújo da Silva

O que realmente ocorreu com o Boeing 707 da Varig? Nenhum mínimo vestígio foi encontrado que trouxesse alguma explicação ao incidente. Nada!... Nem manchas de óleo, pequenos destroços, nada! E você, leitor... O que acha deste mistério?

Até o próximo post, TCHAU!
Valeu a visita aqui no Camisas & Manias...

Um crônica improvisada de aniversário...


Curitiba ontem despertou com aquele jeitinho de Curitiba! Cinza... Mas um lindo cinza! Afinal, era uma data especial. São 319 aninhos! 


Apesar de todas as mazelas diárias, nossa cidade continua ali, impassível, nobre, bondosa, nos acolhendo – aliás, como é acolhedora nossa Curitiba! – no dia-à-dia, e se mostrando em seu explendor.

Reclamamos, xingamos, ficamos “de varde”, passamos por quatro estações no mesmo dia, deparamos com pessoas introspectivas (mas não por maldade!) mas sempre no final, adoramos nossa cidade. Eu sei... Não sou curitibano nato, mas a adotei como meu lar. E a defendo com unhas e dentes!

Ao cair da noite, coincidentemente, tinha um compromisso, e para tal, tinha que atravessar a cidade. E a noite estava incrivelmente bela, um friozinho teimoso, mas gostoso. 

Gosto de usar o transporte coletivo de Curitiba, mas, opto por andar de carro no bairro (onde também trabalho), por ser mais cômodo e viavelmente econômico, porém, ao deslocar-me para outros bairros mais distantes ou o centro da capital, opto por deixar meu carro no estacionamento nas cercanias do Terminal do Carmo e usar os ônibus. Ontem não foi diferente.

Seria pelo aniversário da cidade(?), mas notei que as pessoas ontem estavam mais reluzentes, mais alegres. Somente no meio de meu deslocamento, resolvi “brincar” de registrar a noite muito bacana que estava se desenrolando. Durante o dia Toquinho reuniu cerca de 10 mil pessoas na “Boca Maldita” em pleno meio-dia:


E à noite, havia um ânimo diferente na região central da cidade...

Dois momentos distintos no entorno do Museu Oscar Niemayer. Quando passei mais cedo, por volta das 19 horas, esperando por minha carona até meu compromisso ali nas imediações, percebi (nada melhor que alguns minutos para você perceber e prestar atenção em certas ocasiões e locais) que o local está mergulhado numa penumbra assustadora:



Minha primeira “pontinha” de tristeza. Os únicos locais com mais iluminação no local advém da estrutura principal (o olho) e da estação tubo. Um local tão atrativo, tão bonito, transmitindo à noite, uma sensação de abandono tão estranha! 

No estacionamento anexo ao museu e em frente à estação, muito movimentado, aliás, somente as luzes dos faróis dos carros se sobressaiam no cenário muito escuro:


Um perigo real para os seus frequentadores, à mercês da ação dos marginais de plantão. Um olhar de nossa prefeitura com mais carinho, e para resolver um problema tão simples, caíria muitíssimo bem.

Depois, no retorno, pude presenciar algo que iria corroborar minha posição acima: Havia um tipo de encontro ou evento ocorrendo ali, em que várias pessoas – acho que umas 50 pessoas – todas munidas de máquinas fotográficas estavam ali, em volta da estação tubo e do museu fazendo suas captações fotográficas, e este humilde blogeiro apareceu em vários cliques, e apesar de minha imensa curiosidade, não pude descobrir do que se tratava... 

Tentei registrar o grupo, mas a escuridão e o celular não ajudaram muito...

Mas era bacana, pois o pessoal fotografava quase tudo! Mas a curiosidade foi-se comigo para o bairro.

Início de viagem... ônibus ainda vazio... esperem um pouco...

Umas fotos saem no improviso, loucura... Mas gosto do resultado final às vezes, como nessa, do ônibus acessando a estação Centro Cívico:




Depois desta parada, o panorama do ônibus alterou-se:


Eram 22 horas, e a cidade continuava exalando uma certa alegria no ar. Decidi registrar mais fotos pelo celular (que não ajuda) durante o trajeto, mas para minha imensa tristeza, a bateria do “danado” me deixou na mão, justamente nos cliques mais bacanas, como o Teatro Paiol, com uma iluminação lindíssima visto do ângulo do ônibus, enquanto adentrava na estação tubo homônima, e do panorama da Linha Verde e suas luzes arrebatadoras vistas de cima do viaduto na Avenida Marechal Floriano.


Numa loja de materiais de ferragens, logo à frente, um imenso pavilhão nacional desfraldava ao sabor do vento leve. No Terminal do Carmo, o movimento frenético de retorno para o lar.  Valia muito outro registro, mas... Deixo meus registros feitos em outro dia...


E assim, retorno ao meu carro, e sigo para casa. A outra tristeza fica por conta de acreditar que nós (população) temos nossa parte no contexto dessa história com a cidade. A situação do ônibus que eu estava (na ida, mais cedo) me deixou muito triste. Todos seus vidros riscados, que à luz da noite causavam um efeito retógrado ao sentimento do dia, até...  Triste:


Já falei muito sobre o assunto em outros posts aqui no blog, e não vou me extender, mas repito: precisamos cuidar mais de nossa “casa”. Nossa cidade é nossa casa. Um dos maiores problemas de Curitiba, infelizmente é o alto grau de vandalismo. Violência, saúde e educação são problemas de âmbito nacional, e nossa cidade está inserida nisso, mas quando falamos de problemas com foco regional, acho que o vandalismo é uma de nossas maiores mazelas.

No transporte público, no mobiliário urbano, nos parques, nas creches, nos postos de saúde... E mesmo assim, a cidade sorri para nós em seu aniversário e em todos os seus dias! 

Nossa "little" Avenida - Boca Maldita (centro-Curitiba) retratada pelo excelente Paixão para o Jornal Gazeta do Povo.

Bem... Ainda restavam um tempinho para um pedaço de bolo em homenagem à cidade. Valeu Curitiba! Até os 320 anos!

Tchau!... 
Ah... Obrigado por sua visita!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Associação Atlética PONTE PRETA-SP

Associação Atlética Ponte Preta



Fundação do Clube: 11 de agosto de 1900.

Equipe da Ponte Preta em 1900

O surgimento do clube está diretamente ligado ao crescimento da cidade de Campinas. Em 1870, deu-se início à construção da ferrovia paulista, indo de Jundiaí a Campinas. A instalação dos trilhos requisitava a construção de uma ponte.

Panorâmicas da Ponte Preta, que deu oprigem ao nome do clube.

A ponte era de madeira, e para melhor conservação, tratada com piche. Assim, enegrecida, surgiu a Ponte Preta.



A partir daí, a região em torno da ponte transformou-se no Bairro da Ponte Preta, em 1872. A Associação Atlética Ponte Preta surgiu em 1900, graças a vários alunos do colégio Culto à Ciência, que praticavam futebol no bairro da Ponte Preta. É o time mais antigo do estado.

A situação hoje: Infelizmente a ponte histórica está vandalisada.


Os fundadores e patronos do clube foram: Capitão João Vieira da Silva, Theodor Kutter, Hermenegildo Wadt e Nicolau Burghi.




INFOBlog
A Ponte Preta é um dos clubes de futebol mais antigos do Brasil, juntamente com o Sport Club Rio Grande que foi fundado cerca de 23 dias antes.




Mascote do Clube:  Macaca.


O mascote da Ponte é a Macaca. O apelido é utilizado no feminino pois se trata de uma Associação Atlética, substantivo feminino. Aliás, além da alcunha mais conhecida de “Macaca” a Ponte também é conhecida como “Veterana” e “Nega Véia”.



INFOBlog
É curiosa também a evolução do uniforme da Ponte. A faixa diagonal só foi adotada em 1944, porém, invertida, da direita superior para a esquerda inferior. Em 1958, a faixa foi invertida para a posição atual. Durante a Década de 1970, adotou-se uniforme diferente, com calção preto e camisa branca com faixas verticais finas no lado esquerdo, sem a tradicional faixa diagonal. Em 1977, a tradicional faixa diagonal já tinha retornado.

Equipe de 1981



Estádio(s):
Estádio Moisés Lucarelli.
Capacidade: 19.932 pessoas.
Inauguração: 12 de setembro de 1948.
Proprietário: Associação Atlética Ponte Preta.


O Moisés Lucarelli é um dos poucos estádios do Brasil construídos por seus próprios torcedores e homenageia Moysés Lucarelli (1900-1978), presidente do clube por muitos anos e idealizador do estádio, que angariou fundos entre associados e pessoas da própria comunidade.



É conhecido pelos torcedores do clube como Majestoso, porque sua capacidade (35.000 pessoas) quando da inauguração em 1948 era na época a terceira maior do Brasil, perdendo apenas para o Pacaembu, em São Paulo, e São Januário, no Rio de Janeiro.



Em comemoração aos 111 anos de história do clube, no dia 9 de agosto de 2010, foi inaugurado nas dependências do Estádio Moisés Lucarelli, o Memorial Ponte Preta.

Nesta antiga foto aérea, é possível ver os dois estádios em uma só tomada: Em primeiro plano, o Moisés Lucarelli e acima ao fundo, o Brinco de Ouro da Princesa, do rival Guarani. Praticamente uma avenida separa os dois palcos futebolísticos, em cerca de 1,5 km.



O maior rival da Ponte Preta é o Guarani Futebol Clube, cujo estádio está localizado a menos de mil metros do estádio pontepretano. O confronto entre as duas equipes é chamado de "dérbi campineiro" e é o maior clássico do interior de São Paulo, sendo um jogo de intensa rivalidade e mais recentemente, com graves problemas extra-campo, infelizmente...




INFOBlog
A despedida do maior jogador de todos os tempos dos gramados do futebol brasileiro, Pelé, se deu numa partida entre Associação Atlética Ponte Preta e Santos Futebol Clube.



Site Oficial do clube:
http://www.pontepretaesportes.com.br

A Diadora fez alguns trabalhos significativos em clubes brasileiros. Em quase todos os projetos que elaborou, o resultado foi muito bom. Nesta camisa da Ponte não é diferente. Um template moderno, mas mantendo-se dentro dos padrões adotados pelo clube. O destaque é o trabalho diferenciado no patamar superior do colarinho/ombro/manga direita da camisa. Tecido de boa qualidade, confortável, e tipo de gola e ribanas combinando com a totalidade do projeto. Detalhes decorativos atraentes, como a etiqueta de originalidade na barra inferior, e as marquinhas na manga esquerda (que, segundo a fornecedora, é uma ferramenta de controle de calor) que dão um visual bacana, e que acabaram por se consolidar como uma marca de identidade da Diadora. Escudo do clube bem trabalhado. Fonte numérica bonita.
Talvez a única coisa que seja um revés no belo trabalho da Diadora, é o patrocínio às costas que destoa da cor da camisa. Mas, entretanto, não é algo que seja tão grave.

Obrigado por sua visita.  Até mais tarde, tchau!