segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Palácio Capanema - RJ

VITRAL da SEMANA C&M
Palácio Capanema
Edifício Gustavo Capanema

Dentro das postagems especiais sobre a "escapada" do blog ao Rio de Janeiro, o VITRAL da SEMANA embarca nessa. O edifício à seguir fez parte integrante na minha vida, e por anos e anos foi passgem obrigatória deste blogueiro ao seu local de trabalho, ali na rua Franklin Roosevelt, no Castelo...

O Edifício Gustavo Capanema ou Palácio Capanema (também largamente conhecido pelo seu uso original, o Ministério da Educação e Cultura, ou ainda como MEC) é um edifício público localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, à Rua da Imprensa, número 16.

Foto: Google

O edifício é considerado um marco no estabelecimento da Arquitetura Moderna Brasileira, tendo sido projetado por uma equipe composta por Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira, com a consultoria do arquiteto franco-suíço Le Corbusier (imagem abaixo).

Le Corbusier

Foi construído em um momento durante o qual o Estado intentava passar uma sensação de modernidade ao país, o que se refletiu tanto no projeto do edifício quanto no contexto histórico em que se insere. A construção ocorreu entre 1936 e 1945 e o edifício foi entregue em 1947.

Foto: A. Vianna (Camisas & Manias)

O projeto procura seguir de modo bastante fiel as recomendações de Le Corbusier para o que ele considerava uma nova arquitetura: seu bloco principal está suspenso sobre pilotis (Imagem abaixo), possui a estrutura portante livre das paredes e divisórias internas, e está vedado por cortinas de vidro.

Foto: Google

Foi um dos primeiros edifícios, em todo o mundo, a fazer uso do recurso do brise-soleil (quebra-sol) a fim de evitar a incidência direta de radição solar em sua fachada norte.

Fachada Norte com Brise-Soleil (Quebra-Sol) nas janelas (Foto: Google)

O edifício possui 14 andares sobre o térreo (em pilotis), o qual possui um pé-direito monumental de mais de nove metros de altura. A implantação acontece de forma a criar no terreno (o qual ocupa um quarteirão inteiro no centro do Rio de Janeiro) uma praça pública que tem no pavimento térreo do edifício um elemento de permeabilidade, ou seja, permite a passagem desimpedida de pedestres sob o prédio. Do bloco principal projeta-se a ala do auditório, no nível térreo e uma marquise na posição oposta, sobre a qual foi projetado o terraço-jardim do edifício por Roberto Burle Marx.

Corbusier, encantado com a configuração da Baía de Guanabara, propôs que tal projeto fosse implantado junto ao mar, ao invés da localidade em que se encontrava (no centro do Rio de Janeiro), mas tal pedido foi negado. No entanto, a influência de seu pensamento no projeto final da equipe era nítida: verificavam-se aí enunciados praticamente todos os princípios de modernidade que Corbusier viria a sistematizar na Europa.

Foto: A. Vianna (Camisas & Manias)

Seu revestimento externo é decorado por azulejos de Cândido Portinari, além de pinturas de Alberto Guignard, Pancetti e esculturas de Bruno Giorgi, Jacques Lipchitz e Celso Antônio Silveira de Menezes.

Agradeço sua visita... Em breve mais sobre o especial C&M no RJ
OBRIGADO!!!

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