sexta-feira, 25 de março de 2011

Transmetro, Guatemala


O Transmetro da Cidade da Guatemala, é um sistema BRT urbano de transporte, como os similares da Colômbia, Chile e Brasil.

 
Suas operações tiveram início em  fevereiro de 2007.


Mas a idéia de implementação já são datadas desdes de 1999, na gestão do Prefeito Fritz Garcia-Gallont, mas sem estudos e fundamentos concretos.

Rotas em operação do sistema

Em 2006 iniciaram as obras e em 2007 teve sua operação iniciada. Em 2010 teve sua 2ª rota implementada.


A empresa privada Eixo Central ficou encarregada da implementação do sistema, e em troca, poderá usufruir de 300 out-doors espalhados pela cidade num prazo de 27 anos. 


Pagina Oficial do Transmetro
 

Os beneficiários são os usuários dos bairros El Mezquital, Amatitlán e Villa Nueva, com a opção deste transporte rápido ao centro histórico. Estima-se que o Transmetro tenha transportado mais de 100 milhoes de pessoas desde sua inauguração.



A primeira fase iniciou-se com frota de ônibus articulados, onde metade eram novos e metade eram remanejados do fracassado projeto anterior (worms). Hoje conta com modernos ônibus Busscar Urbanuss Pluss, Scania K270.

BLOG: O BRT é um sistema que só dá certo, se for administrado com competência e respeito aos usuários. Não posso afirmar como está o nível de serviço, pois li inúmeros comentários do povo guatemalteco, e há um certo empate técnico no tocante à qualidade do serviço. Muitos aprovam e muitos apontam os problemas de sempre: Lotação e desrespeito com os usuários. A cidade da Guatemala também implantou o Transurbano (que vimos aqui em outro post), mas pelo que percebi, não há integração entre estes sistemas, o que, na minha opinião é algo fundamental.

Ônibus do Transurbano
Os dois sistemas são, ao meu ver, desafios supremos para um país que vem de uma malha de transporte bem deficitária e complicada. Ao mesmo tempo, é um sinal de coragem extupendo, e uma importante e senão a mais importante mudança num projeto de mobilidade urbana que se tem notícia.


Mas, como citei lá em cima, é preciso profissionalismo e conhecimento profundo das artérias de transporte e dos usuários da cidade. Conhecimento de demanda, rotas, problemas, demanda de passageiros nas estações, para um estudo e perfeita distribuição de ônibus e serviços. Se administrado com conhecimento de causa, pode ser melhor do que muitos metrôs por aí.  


Mas entretanto, o metrô é um sistema vital para a mobilidade de uma cidade como a capital da guatemala, e os grandes centros urbanos no mundo. Isso é fato. Mas o BRT também é um sistema que em conjunto com o metrô, pode ser a solução para os próximos anos. Afinal, quando o metrô pára, por qualquer motivo, os problemas são inevitáveis, pelo tipo de operação. O fluxo de composições se altera, ou cessa, comprometendo o sistema. Com o BRT acima, como opção, tal situação pode ser muito mais amenizado. Problemas recentes ocorreram no mestrôs do Rio de Janeiro e São Paulo, e ocasionaram estações superlotadas, trens depredados e distúrbios.



Na verdade, acredito que o maiores vilões de todos os sistemas, tanto o modal, como o BRT, ou ainda o metrô, são dois, na seguinte ordem:

- Má administração do sistema.
- Vandalismo por parte dos usuários.


Mas, estou amplamente feliz, de verificar que na América do Sul e Central, temos a implantação de vários sistemas deste tipo, valorizando o transporte público, e tornando mais viável o deslocamento de suas populações. Uma imagem bem engraçada, é a de baixo, com a personalização de um ônibus do sistema, transformado em um imenso robô. Legal:



Fico por aqui, até mais, pessoal.

OBRIGADO por SUA VISITA !!!

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