terça-feira, 6 de setembro de 2011

Simu Hayha, a "Morte Branca"


Simo Hayha

Simo Häyhä (Rautjärvi, 17 de dezembro de 1905 — Hamina, 1 de abril de 2002) apelidado de "Morte Branca" ou "Provocador" pelo exército soviético, foi um soldado finlandês e o mais eficiente franco-atirador da história mundial.

Hayha um pouco antes de sua convocação de 1939

Häyhä nasceu na cidade de Rautjärvi, próxima à atual fronteira entre a Finlândia e a Rússia.

Fazendeiro de profissão, cumpriu o serviço militar obrigatório de um ano em 1925, sendo re-convocado em 1939 após a eclosão da Guerra de Inverno entre a Finlândia e a União Soviética.

Em foto com companheiros (sentado, ao centro)

Estacionado na área norte do Lago Ladoga, passou a servir como franco-atirador.

Tropas Filandesas na Guerra de Inverno
Trabalhando em temperaturas que iam dos -20ºC aos -40ºC graus e usando uma camuflagem totalmente branca, Häyhä é creditado por mais de 500 mortes confirmadas de soldados soviéticos. Uma contagem diária de baixas era feita no campo de batalha de Kollaa, e os relatórios não-oficiais finlandeses estimam em 542 o número de mortes atribuído a ele.

Simo Hayha em ação...
O vídeo à seguir, está em inglês, mas é um resumo em quadrinhos da história de Simu Haya. Pelas imagens é possível traçar uma linha de entendimento...


Häyhä usou uma variante do rifle soviético Mosin-Nagant, pois se adequava a sua baixa estatura.

Hayha em traje de campo

Para não se expor em seus esconderijos, ele preferia usar miras comuns ao invés das telescópicas, pois com esta última, o atirador deve erguer um pouco a cabeça, além de haver o risco da lente refletir a luz do sol.

Hayha (com rifles) recebendo ordens

Outra tática usada por Häyhä era compactar a neve à sua frente para que o tiro não a soprasse, revelando sua posição. Ele também colocava neve na boca, escondendo assim quaisquer sinais que sua respiração pudesse provocar.

Hayha em acampamento
Além das mortes como franco atirador, Simo Häyhä foi creditado também por abater mais de duzentos soldados inimigos com uma submetralhadora Suomi M-31, elevando assim sua marca para 705 mortes.

Tropas filenadesas em movimento de batalha

Este fato, no entanto, nunca foi comprovado.

A marca de mais de 500 mortes foi alcançada num período de 100 dias, com Häyhä atingindo o número recorde de cinco por dia, praticamente uma morte a cada hora do curto dia de inverno.


O exército soviético tentou executar vários planos para se livrar dele, incluindo contra-ataques com franco atiradores e assaltos de artilharia, até que em 6 de março de 1940 Häyhä foi atingido por um tiro na mandíbula durante combate corpo-a-corpo.


Com o impacto, o projétil girou e atravessou-lhe o crânio. Ele foi resgatado por soldados aliados, que disseram "faltar metade de sua cabeça".

Ficou inconsciente até 13 de março, um dia após a assinatura do tratado de paz que pôs fim ao conflito.

Pouco depois, Häyhä foi promovido de cabo a primeiro-tenente pelo marechal-de-campo Carl Gustaf Emil Mannerheim.

Hayha como primeiro-tenente
Nenhum outro soldado jamais conseguiu uma escalada de posto tão rápida na história militar da Finlândia.


Vídeo com imagens reais durante a Guerra de Inverno:



Häyhä levou vários anos para se recuperar do ferimento.

A bala, provavelmente explosiva, havia quebrado sua mandíbula e arrebentado sua bochecha esquerda. Apesar de tudo, ele se recuperou totalmente, tornando-se caçador de alce e criador de cachorros após a Segunda Guerra Mundial.

livro sobre a história do franco-atirador

Em 1998, ao ser perguntado sobre como conseguiu se tornar um atirador tão bom, ele respondeu, "prática". Questionado se tinha remorsos por ter matado tantas pessoas, ele disse, "fiz o que me mandaram fazer, da melhor forma possível". 

Hayha é uma lenda na Finlândia, e teve sua vida retratada em filmes, livros, HQ's.

Bonequinho Lego Simu Hayha
Exposição de "Cera" com Hayha

Hayha na década de 1990

Simo Häyhä passou seus últimos anos em uma pequena vila chamada Ruokolahti, localizada no sudoeste da Finlândia, próxima à fronteira com a Rússia. Faleceu em 2002.

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