domingo, 14 de janeiro de 2018

BRIGHT


Bright é um filme americano de 2017, gênero policial, com ação e fantasia dirigido por David Ayer e escrito por Max Landis.

O filme mostra Will Smith como um policial de Los Angeles que se junta com outro policial de gênero "Orc" (interpretado por Joel Edgerton) em um mundo de criaturas humanas e míticas.



O filme também conta com participações de Noomi Rapace, Lucy Fry, Édgar Ramíreze, Ike Barinholtz, e foi lançado em em caráter mundial e exclusivo pela Netflix em 22 de dezembro de 2017.

> Sinopse

Em um presente completamente alternativo onde humanos e criaturas fantásticas como orcs, fadas, elfos, centauros, entre outros coexistiem desde o início dos tempos, o oficial Daryl Ward (Will Smith) e o Orc Nick Jakoby (Joel Edgerton) embarcam em uma noite de patrulha de rotina e acabam por descobrir um artefato antigo e poderoso: uma varinha mágica capaz de alterar o futuro e seu mundo tal como o conhecem.


AVISO do C&M: As observações e notas do blog, não são, de maneira nenhuma, o retrato ou consenso comum de opinião. É só uma simples e humilde opinião do blog, na forma de um simplório bate-papo cinéfilo.

< ALERTA DE SPOILER! >

Antes de mais nada, alguns apontamentos são necessários...


1 - Reservadas as distintas diferenças, esse filme lembrou-me imediatamente "Missão Alien" (Alien Nation-1988), Lembram? ... Onde: Uma nave com aliens, escravos rebelados de outra raça alien, foge para a terra e 300.000 visitantes começam a se integrar em todas as atividades humanas, inclusive a polícia. A ação se passa em uma Los Angeles do futuro onde um detetive da polícia, que teve seu parceiro morto por uma gangue de aliens, começa a investigar o crime tendo por parceiro o primeiro alien a se tornar policial.

 - Missão Alien - 

Como eu citei, devemos resguardar comparações, pois no caso de Bright, fica explícito que os seres mitológicos e fantásticos já estavam vivendo entre nós há milênios,e no caso de Missão Alien, os alienígenas chegaram depois de um tempo. Ah, e lógico: São abordagens totalmente diferentes.


2 - Outra curiosidade: seria coincidência, ou alguns filmes de Will Smith tem que se iniciar com alguma trama envolvendo um acidente ou fatalidade com ele? No início de Bright, vemos que Will/Ward está retornando ao trabalho, depois que foi alvejado durante um dia de serviço usual, enquanto seu parceiro Jakoby estava comprando hot-dogs (motivo das brigas e discussões entre eles, em boa parte do filme)... Lembram do fundo de pano de "Eu, Robô?"...

O filme é ambientado numa Los Angeles bem conturbada, com essa miscelânea de seres, raças e culturas. A violência é apresentada de modo bem vibrante, e as piadas são inseridas em momentos certos, causando assim um bom impacto de continuidade. 

 - Na boa... O Jakoby ficou igual ao Drax de Guardiões da Galáxia... -

Entretanto, depois de um início muito bom, o filme vai se deixando levar por um roteiro previsível, e uma história policial usual, que, apesar de ter como inspiração uma "varinha" mágica que pode tornar tudo catastrófico na sociedade, e um aprofundamento de culturas raciais, preconceito e diferenças sociais extremas (como no caso do bairro classe alta dos elfos), acaba se tornando um "mais do mesmo", que temos em muitos filmes policiais do gênero.


O tema do preconceito tem um foco muito grande em Jakoby, por ser o primeiro "Orc" no Departamento de Polícia de Los Angeles, onde é visto com desconfiança pelos próprios colegas de farda, sobretudo após o acidente com Ward.


O próprio Ward tem seu momento de "teste" ao escolher o que fazer, quando os vários policiais se deixam dominar pelo poder corruptível da "varinha" e tentam mata-los. Várias passagens assim, são vistas no filme, justamente para divulgar idéias e mensagens. 

Como sempre, ante filmes assim, os humanos sempre são a raça mais "ferrada" entre todas. A prova disso é a tênue oposição que vemos nas cenas de ações ou tiros. A facção de elfos liderada pela violenta Leilah (Noomi Rapace) que está tentando tomar posse da varinha, causa estragos fenomenais em bandidos, gangues e praticamente massacra policiais no caminho. Chega à ser surreal.


E acabamos assim. 2/3 do filme mostram Ward e Jacoby correndo por Los Angeles, junto com uma elfo (Tikka/Lucy fry) que se voltou contra a facção e tenta à qualquer custo manter a varinha fora das mãos destes. Jogo de "Gato e Rato". O tema central que dá nome ao próprio filme (Bright) não foi tão evoluído e nem tão abordado. Afinal, "Bright" é o termo dado as pessoas que conseguem administrar uma varinha mágica sem, digamos... explodir. Podendo ser até mesmo um humano, e olha a coincidência: Ward acaba se revelando um brigth... Mas como disse, o tema não é fortemente abordado.


Enfim, Bright é um filme que precisava mostrar "mais um pouco". Quando acabou, sinceramente, restou-me aquele sentimento de: - "É só isso?!?! Ah, faltou algo à mais..."

Lembrando que nos escalões mais altos, FBI - diga-se, temos seres mitológicos em suas fileiras.  Kandomere (Édgar Ramírez) é um agente da divisão mágica do FBI:


Não sei, mas na minha opinião, com uma idéia tão ampla, o filme poderia ter direcionado sua história para algo mais factível na vida de uma sociedade tão miscigenada. Creio que a história em si, e o aproveitamento de roteiro, diálogo e desenvolvimento poderiam ser mais ricos, e não acabar no esquete de um filme policial normal, com direito à cena final de condecoração e tudo mais...


Eu, sinceramente, esperava mais do filme. A trilha sonora é bem legal e bastante condizente com o filme e cenas:


Obrigado, pessoal.  Valeu a Visita!!!

Até a próxima!!!

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