LAPA-PR |
Como eu deixo bem claro, os domingos para este blogueiro, são dias extremamente preguiçosos. E, este último (17) amanheceu bem deste jeito, nublado, prometendo uma chuvinha, que parecia se estender para o resto do dia.
Mas, pelo meio da manhã, o tempo começou à mudar (como é muito natural em Curitiba), e eu e Rosita nos animamos em pegar a estrada e curtir um programa de domingo diferente.
Resolvemos, então, dar um breve passeio domingueiro na Lapa, distante aproximadamente 65 km de Curitiba.
Pé na estrada, então!
O caminho mais rápido para lá é pela BR-476, passando por Araucária e Contenda.
BR-476... Boa estrada no trecho |
A estrada está relativamente boa, por conta da concessionária que a administra (Caminhos do Paraná). Em cerca de 1 hora e pouquinho, em velocidade média de 90~100 por hora, chega-se ao destino.
Ah, há ainda o pedágio ( R$ 8,00 para auto), ida e volta. Mas a estrada está muito boa, vale à pena.
Pedágio da Lapa (Caminhos do PR) |
O bacana mesmo é curtir a viagem. A paisagem da região é riquíssima.
Ao chegarmos na cidade, ainda na BR, no trevo de acesso, já encontramos o Monumento ao Tropeiro.
Monumento ao Tropeiro (detalhe) |
Panorâmica da Avenida Caetano Munhoz da Rocha, Lapa. |
Com isso, nossa primeira para se deu no Santuário de São Benedito:
Marcando presença com a camisa do OFEC |
Data da construção do Santuário... |
Em seguida, ao ao largo do Santuário, nos deparamos com algumas gratas surpresas:
Lindos, não? Automóveis de época de colecionadores da região, e descobrimos ainda que, em todos os domingos, o pessoal se reúne na Lapa para expor suas preciosidades.
Não conseguimos ver mais carros, pois como já era próximo do meio-dia, a exposição do dia já havia acabado. Sempre estão lá aos domingos pela manhã.
Bem, somente por esses lindíssimos expostos, dá para se ter uma noção dos demais. Parabéns aos colecionadores. São realmente belos automóveis.
Hora do almoço, e a fome chegando. Aproveitamos para curtir outra especialidade da cidade, a gastronomia.
Restaurante "O Casarão". |
Com forte influência tropeira, a sua gastronomia é focada neste segmento, porém, há uma variedade enorme no cardápio, possibilitando atender aos mais diferenciados gostos.
O restaurante Casarão é bem típico das demais contruções locais. É possível almoçar, contemplando a história de várias das famílias lapeanas, contadas através dos vários quadros que ambientam o local.
Nossa próxima parada foi o Panteão dos Heróis:
O Panteão dos Heróis (por tradição, é mantida em sua fachada a grafia original, Panteon dos Heroes) é um monumento erguido para guardar os corpos dos soldados das forças republicanas que pereceram durante o chamado Cerco da Lapa, batalha da Revolução Federalista de 1894.
Canhões em exposição - Parte do conjunto do Panteão |
Entre os mortos que jazem no panteão, está o general Antônio Ernesto Gomes Carneiro. Abaixo, fotos do interior do Panteão:
Em todos os locais que li sobre o monumento, faz-se uma menção de que uma guarda de honra do exército em caráter permanente... Mas no dia que estivemos no local, não vi nada...
A cidade da Lapa realmente respira história! O próximo ponto que estivemos, a Praça General Gomes Carneiro, nos apresenta os seguintes pontos de interesse:
Igreja Matriz de Santo Antonio |
Data de sua construção... |
Teatro São João |
Obra em estilo Luso-Brasileiro com influência neoclássica (1874 - 1876). Outro teatro com as mesmas características está situado em Sabará-MG, com exceção da disposição do palco.
Interior do teatro São João |
Gravura com desenho do interior do teatro |
Ainda na praça, temos várias outras construções de época magníficas...
Como era um passeio rápido, já estávamos retornando para Curitiba, e passamos defronte à uma simpática casa comercial: A Casa Vermelha.
É uma das construções mais antigas da cidade, feita de "pau-a-pique" (técnica de construção em que se utiliza taquara e argila).
Atualmente representa o único exemplar desta técnica construtiva, que pode ser observada em uma das paredes do interior da casa.
A sua construção pode ser datada por volta de 1868, já foi estabelecimento comercial e hotel (referencia citada no diário do médico Felipe Maria Wolf durante a Revolução Federalista).
Foi adquirida pela Prefeitura Municipal em 1982 e restaurada pelo IPHAN, é um Patrimimônio Histórico Nacional.
Lá temos hoje, o Centro de Artesanato Aloísio Magalhães e o Museu do Tropeiro.
Faltou ainda, visitarmos a Casa Lacerda (que estava fechada)...
A Casa Lacerda é um museu federal na cidade, cujo objetivo principal é mostrar aos visitantes como era o lar da família que ali residiu no século XIX.
Todos os ambientes são mobiliados e decorados com objetos da época.
Além disso, o local tem importância histórica, por ter servido como quartel da Segunda Brigada durante a Revolução Federalista de 1894. Na principal sala da casa foi assinada a Ata de Capitulação da Lapa pelo coronel Joaquim Lacerda, comandante em exercício das forças legalistas após a morte em combate do general Gomes Carneiro.
O casarão foi construído entre os anos de 1842 e 1845 pela família Lacerda, em alvenaria de pedra e com paredes internas de estuque, no estilo arquitetônico luso brasileiro da época, com telhado de duas águas, ambientes espaçosos, amplas janelas retangulares, beiral e frisos ornamentais.
... e a famosa Gruta do Monge (Está fechado o acesso à visitantes).
A Gruta Do Monge fica localizada no Parque Estadual do Monge. Trata-se de uma reentrância em meio a uma encosta à qual se tem acesso por escadaria composta de 224 degraus. A gruta, em meados de 1847, serviu de abrigo ao lendário Monge João Maria D’Agostini.
A lenda do Monge João Maria e sua fama de feitos, milagres e profecias tornaram o local um ponto de romaria.
Lá podem ser vistos todos os tipos de relíquias e o objetos trazidos em paga de promessas como fotos, muletas, partes de carros e pequenos bonecos, formando um cenário bastante bizzarro e ao mesmo tempo interessante.
Ainda é possível encontrar lá uma fonte de água que, segundo a lenda, é milagrosa pois brotou onde o monge fincou sua cruz.
Ficarão para a próxima visita à Lapa, que será em breve...
Na volta, ainda, mais paisagens bacanas...
Ó uma igrejinha de beira de estrada ali... |
Ah, sim... Há uma linha urbana de faz a ligação Araucária-Lapa, operada pela Expresso Maringá:
Ônibus da Linha Lapa-Araucária (Crédito foto: John Berata - Araucária/PR) |
Buenas... E chegando em Curitiba, cliquei um DD (de longe vai...) do grupo Portal Gaúcho, estacionado ao lado da casa de shows ali no Hauer...
E na esquina de casa... o 20150 da São José, indo para o Pedro Moro...
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