O Club América e a Nike apresentaram os novos uniformes para
temporada 2017/2018.
A inspiração para os modelos foram os "guerreiros águias”, combatentes
que eram considerados da elite na época pré-hispânia.
CAMISA TITULAR
A camisa titular se apresenta nas cores tradicionais dos Águias,
adotando um padrão geométrico em forma de losangos no peito. O dorso superior temos
o azul escuro predominante, e no dorso inferior o amarelo claro, quase em tom
de “creme”. O vermelho aparece em uma das “carreiras” de losangos do peito.
O escudo do clube aparece no lado esquerdo do
peito e dentro da camisa, e abaixo da gola, internamente também, há a renderização
gráfica de uma águia, representante insígnia da instituição.
CAMISA ALTERNATIVA (II)
A camisa alternativa (II) é apresentada no padrão Branco
como dominante.
A mesma inspiração e os mesmos elementos geométricos são
alocados na região dos ombros, mangas e parte superior às costas (abaixo da gola), e têm-se a inversão de cores.
As cores
predominantes na camisa titular são utilizados nos losangos desta camisa, com
ênfase para o azul e com o vermelho e o amarelo “creme” em duas carreiras de
elementos.
Os novos uniformes das Águias contarão com a
tecnologia Dri-FIT tradicional, que leva o suor do corpo para fora, fazendo com
haja uma evaporação rápida. Isso permite que os jogadores tenham melhora no seu
desempenho.
BLOG:
Bueno... Fiz questão de postar essa novidade da NIKE para os Águias, por uma questão de justiça também.
Quem acompanha o Camisas & Manias, principalmente nestes posts de novidades em camisas de clubes, sabe o quanto sou "ferrenho" crítico de alguns trabalhos da vírgula, justamente pela falta de foco ou criatividade.
Em alguns casos, como este, tenho que PARABENIZAR a Nike por este belo trabalho.
Buscar a inspiração no âmago da história pré-hispânica e ainda por cima com isso, "lacrar" uma sincronia com a alcunha do clube, convenhamos, é fenomenal. Por si só, já merece um "jóinha". Mas, felizmente, não ficou só nisso...
As camisas ficaram belas. Belíssimas. O conjunto inteiro ficou muito bonito!
Cores muito bem trabalhadas e estampadas, escudo combinando com o conjunto...
Entretanto, temos uma curiosidade. O layout geométrico do modelo I ficou muito parecido com o utilizado pelo clube em 1995:
Claro, salvo as devidas comparações, como cores e disposição do grafismo.
Creio que aqui, tivemos um "baita" coincidência, que é bem possível e passível de ocorrer, visto que a idéia ou inspiração pode ter sido a mesma, e a aplicação de tal layout seria bem comum em ambos os casos. Explicarei depois, mais à seguir...
Para finalizar o "papo" sobre a camisa atual, a "away" também ficou linda e ainda mais harmônica e elegante que a titular - na minha opinião. Somente os aporte da "The Home depot" não muda sua tonalidade e destoa. O outro aporte - maior - se comporta harmonicamente em ambos modelos.
BÔNUS ... :
A Fonte da Inspiração
Os Cuauhtli eram os Guerreiros Águia que, ao lado dos
Ocelotl (Guerreiros Jaguar), compunham a elite militar asteca.
Imagem: Historiablog.com
Os Guerreiros Águia eram ornamentados com adereços e
utensílios ao poderoso animal e para ingressar nessa força militar era exigido
um rigoroso preparo de homens que necessariamente já eram guerreiros antes de
merecerem o privilégio e a honra de se vestirem de águias.
Um guerreiro águia em luta contra um soldado espanhol
Ainda quando meninos, futuros integrantes da elite guerreira
asteca eram selecionados entre a nobreza ou mesmo entre a população comum se já
demonstravam precoces aptidões excepcionais.
Apesar do treinamento duro,
ingressar oficialmente nas fileiras da Sociedade dos Guerreiros Águia exigia
dos jovens aspirantes provas de habilidade e valor em combate e a captura de inimigos
era um meio de atender a essa exigência.
A quantidade de capturas por guerreiro
como requisito varia de acordo com relatos, estando entre quatro a doze ou mais
prisioneiros e essas capturas exigiam um mínimo de duas batalhas consecutivas.
Os prisioneiros também deveriam atender a requisitos, sendo excluídos aqueles
que fossem fisicamente frágeis ou debilitados, exigindo presas em pleno vigor
físico. A captura deveria ocorrer sem utilização de armas letais (o que
facilitaria a intimidação, reduzindo o efeito da habilidade sobre o resultado).
Uma vez aprovados, os guerreiros manobrariam armamentos como
arcos, lanças, punhais, estilingues, propulsores de lanças, “macuahuitl” (arma
de madeira incrustada com lâminas de obsidiana) e com utensílio de proteção
como armadura de acolchoada de algodão, escudos e o característico capacete em
forma de águia.
Também passavam a gozar de privilégios e reconhecimento social,
podendo ostentar publicamente sinais de distinção, dispor de concubinas, ter
terra sem cobrança de impostos com direito de transmissão por herança e também
podiam participar da vida política.
Mas ser um Guerreiro Águia não era o limite da ascensão
social pela via militar, pois a carreira exigiria outras demonstrações de valor
e bravura com a possibilidade de novas promoções.
Fonte:
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