segunda-feira, 2 de maio de 2011

Conjunto Arquitetônico da Pampulha (BH-MG)


O Conjunto Arquitetônico da Pampulha tem seu prólogo, nos idos de 1940, quando o arquiteto Oscar Niemayer conheceu o então prefeito de BH, Juscelino Kubitscheck, e este revela o desejo de transformar a área norte da cidade, conhecida como Pampulha. Ao arquiteto, foi dada a incumbência de elaborar um conjunto de edificações para a região.

Uma delas, é o tema do Vitral da Semana do Camisas & Manias :

Igreja de São Francisco de Assis ( Igrejinha da Pampulha)

A Igreja São Francisco de Assis da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi inaugurada em 1943. 

O projeto arquitetônico da igreja é de Oscar Niemeyer e cálculo estrutural de Joaquim Cardozo. Foi o último prédio a ser inaugurado do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.


É considerada a obra-prima do conjunto. No projeto da capela Oscar Niemeyer faz novos experimentos em concreto armado, abandonando a laje sob pilotis e criando uma abóbada parabólica em concreto, até então só utilizada em hangares. A abóbada na capela da Pampulha seria ao mesmo estrutura e fechamento, eliminando a necessidade de alvenarias. 

Inicia aquilo que seria a diretriz de toda a sua obra: uma arquitetura onde será preponderante a plasticidade da estrutura de concreto armado, em formas ousadas, inusitadas e marcantes.


As linhas curvas da igreja seduziram artistas e arquitetos, mas escandalizaram o acanhado ambiente cultural da cidade, de tal forma, que as autoridades eclesiásticas não permitiram, por muitos anos, a consagração da capela devido à sua forma inusitada e ao painel de Portinari onde se vê um cachorro representando um lobo junto à São Francisco de Assis, a igreja permaneceu durante catorze anos proibida ao culto.

Aos olhos do arcebispo Dom Antônio dos Santos Cabral a igrejinha era apenas um galpão.

Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por catorze painéis de Cândido Portinari, considerada uma de suas obras mais significativas. 


Os painéis externos são de Cândido Portinari - painel figurativo e de Paulo Werneck - painel abstrato. 

Os jardins são assinados por Burle Marx. Alfredo Ceschiatti esculpiu os baixos-relevos em bronze do batistério.

A igrejinha da Pampulha é um dos mais conhecidos "cartões postais" de Belo Horizonte.


A Igreja da Pampulha é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais -Iepha/MG (em 1984) e pela Gerência do Patrimônio Municipal.

Homenagem do C&M aos leitores de BH e Minas Gerais como um todo.

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