Metrofor
Início
das operações assistidas
O primeiro dia da operação
assistida do Metrô de Fortaleza (Metrofor) levou a duas certezas: o serviço
ofertado agradou muito aos usuários e há a necessidade urgente de campanhas de
conscientização e fiscalização mais rigorosa contra vandalismo nos trechos onde os trens passam muito
perto de comunidades.
No segundo caso, a
depredação dos vagões com pedradas nos vidros das janelas e a facilidade com
que as pessoas atravessam a linha férrea nos pontos onde não há muro de
proteção alertam a administração do Metrofor para ações imediatas a fim de
coibir tais práticas.
Em alguns pontos da linha (como na foto acima), as composições trafegam próximo de comunidades e não há muros ou proteções separando-os, facilitando assim ações de vandalismo contra os trens.
De acordo com o assessor da
presidência do órgão, Fernando Mota, em nenhuma hipótese a pessoa pode (deveria) atravessar a linha do trem, que possui seis mil volts de potência. No entanto,
na comunidade do Coqueiral, como a passagem subterrânea estava cheia d´água
devido à chuva registrada na manhã de ontem, obstruindo a travessia, mesmo
alertados sobre o perigo, estudantes subiram na mureta entre a rua e a linha e,
sem medo, corriam de um lado para o outro com a maior naturalidade.
"Eles não ouvem
ninguém", avisou a dona de casa, Ozilene Coelho. Ela mora bem próximo ao
trilho e conta que o comportamento existe desde a época do "antigo
trem". "Além disso, a falta de iluminação na passagem subterrânea
facilita a ação dos bandidos, que, dia desses, quase matam um rapaz a
pedradas", narra Ozilene.
"Se não fizerem alguma
coisa por aqui, todo trem que passar vai levar pedrada", chama atenção a
operadora de produção, Eliane Siqueira. Para ela, somente uma campanha
permanente nas comunidades próximas aos trilhos, poderá surtir efeito no
futuro.
Elogios
Problemas à parte, quem
viajou nos trens que fizeram o percurso entre as estações Parangaba e Carlito
Benevides, em Pacatuba, das 8h ao meio-dia de ontem, era só elogios ao novo
meio de transporte.
Apesar dos problemas, os passageiros aprovaram o novo meio de
transporte, que tem capacidade para 450 pessoas por viagem Fotos: José Leomar.
Até outubro/2012, o trajeto será
gratuito e terá duas composições, cada uma com três vagões e capacidade para
450 pessoas por viagem. A novidade levou muita gente a visitar as 11 estações
do trecho. Com isso, todas as viagens foram feitas com os trens lotados.
Mesmo em pé, a garçonete Tatiana do Amaral destacou a
rapidez - o percurso Fortaleza/Pacatuba é feito em 25 minutos - e o conforto da
travessia: "É excelente, não tenho palavras para mais elogios",
disse.
Mapa do Sistema ... Operação Assitida funciona entre as estações Parangaba (Fortaleza) e Carlitos Benevides (Pacatuba).
Segundo Fernando Mota, alguns problemas, como o
vandalismo, são observados durante a fase de testes. "A primeira avaliação
é das mais positivas, mas teremos um caminho a percorrer na busca da melhoria e
perfeição no transporte público de massa como o metrô", destaca.
Para a Linha Sul foram adquiridos 20 modernos TUE’s (3
carros cada) da marca Elettrotreno ETR 200 Metrostar, fabricados pela italiana AnsaldoBreda.
Crédito: Por Lêda Gongalves / Diário do Nordeste
[BLOG]: A população de Fortaleza aguardava com
muita ansiedade o início das operações do metrô. Sou um árduo defensor do
sistema BRT, mas como modal complementar e não como modal master de um sistema.
O transporte sobre trilhos é fundamental para a mobilidade de metrópoles. É um
fato inexorável. E as obras do metrô da capital cearense já vinham se
arrastando por um bom tempo (de igual modo ao metrô soteropolitano). Mas a
Linha Sul de Fortaleza está, finalmente, entrando em operação, com mobiliário
bacana e composições modernas e bonitas. O tempo de deslocamento no trecho
compreendido diminuiu bastante e agradou (e muito!) a grande maioria dos
usuários. O que me esntristece, como sempre, é o crescente índice de vandalismo
gratuíto que está se espalhando pelo país. E infelizmente, Fortaleza não foge à
regra. Com relação às pedradas nas composições, isso é fácil de resolver.
Trata-se (na maioria absoluta) de brincadeira de crianças que não possuem
maturidade para perceber que tal traquinagem pode ser perigosa para as pessoas
no interior dos trens. Muito perigoso, diga-se de passagem. Uma pedra,
conjuntamente com a velocidade da composição pode ser mortal para lguma pessoa
que por infortúnio do destino vir à ser atingida no interior dos trens. Isso é
resolvido com presença e campanhas de conscientização de crianças e pais.
Agora, quando falamos de acessibilidade, a coisa muda de figura. Para as
pessoas não atravessarem as linhas, entre as comunidades, é necessário
disponibilizar passagens ou passarelas, mas, contudo, vias com boas condições.
Não adianta chegar no trecho, construir uma passagem subterrânea e com as
chuvas a passagem inundar-se e ficar intransponível (como dito na reportagem).
As pessoas precisam ir e vir, e infelizmente as linhas serão os únicos acessos.
É o que sempre defendo: Se for para fazer algo, faça direito, com
profissionalismo e que fique bom para ambas as partes! E que história é essa de
trecho sem muros ou divisórias? Com uma energia de 6.000 volts e composições de
toneladas circulando, é fato que o trecho operacional seja todo segregado! E
para finalizar, o vandalismo adulto é ridículo. Se há revolta, ou vontade de
destruir bens públicos, é bom lembrar que o termo público é traduzido no bem da
palavra como: Para todos! O que essa galera com idéias destrutivas precisa é direcionar suas
raiva para os que realmente merecem a raiva: Nossos políticos corruptos e
ineficazes. O povo não precisa sofrer mais que o necessário. Um moderno sistema
metroviário desses é para se orgulhar!
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