O Red Bul Stratos é um projeto científico
que visa juntar dados e informações sobre o efeito de situações extremas de altitude sobre o corpo humano e equipamentos, através de saltos programados de
altíssima altitude (acima dos 31.000 metros) e também computar dados para a
elaboração e construção de equipamentos avançados e apropriados para viagens sub-espaciais.
Exatamente às 09:50 AM do dia 15 de março de 2012,
Felix Baumgartner pousou com seu pára-quedas especialmente preparado no deserto
do Novo México, distante cerca de 40 quilômetros de Roswell, o centro de
operações da última fase da Missão Stratos da Red Bull, completando assim um
estágio de sua missão ao limiar dos portões do espaço.
Uma hora e quarenta minutos mais cedo, o atleta nascido
na Áustria tinha iniciado o acesso às alturas extremas em uma cápsula espacial pressurizada,
impulsionado por um balão de hélio de 50 metros de comprimento que levou à altura
planejada para o experimento: 21.800 metros.
O objetivo deste salto foi verificar se todos
os sistemas da cápsula e do traje funcionariam corretamente em condições reais,
além de superar a "linha de Armstrong." Essa área é onde as leis da
física da terra desaparecem.
É uma região inóspita aos seres humanos, onde os
líquidos começam a evaporar-se e as temperaturas caem para 60 graus abaixo de
zero.
Uma pessoa não poderia sobreviver naquelas
condições, sem um traje e equipamentos apropriados para protegê-lo das forças
de despressurização e da falta de oxigênio. A subida até o ponto de salto e a
saída da cápsula foram como esperado.
Baumgartner caiu para a Terra a uma velocidade
de quase 600 quilômetros por hora em pouco mais de 8 minutos. Mais tarde, o
austríaco disse que o maior problema encontrado durante o salto foi o frio
extremo.
Este salto foi apenas o precursor do salto
principal final que será feito de uma altura de cerca de 37.000 pés. Porém, o
austríaco já superou vários recordes: Baumgartner se tornou a terceira pessoa a
saltar de uma altura extrema e sobreviver.
As únicas pessoas que conseguiram tal sucesso em
saltar de limites superiores foram o russo Eugene Andreev (25.458 metros de
altura) e norte-americano Joseph Kittinger (31.300 metros de altura), na década
de 1960.
A cápsula especial pressurizada com o qual
Baumgartner saltou foi separado por uma pequena carga explosiva do balão e ia
diminuindo regularmente a velocidade de queda graças a um pára-quedas especial que
garantiu o pouso sem danos no deserto.
Kittinger, uma lenda viva de 83 anos, está trabalhando
com a Red Bull na missão Stratos como um diretor técnico e dirigiu o salto
teste de Baumgartner do Centro de Controle, em Roswell.
Imagens: 1ª foto (topo) Kittinger hoje aos 83 anos. E na foto acima com Baumgartner
Kittinger é parte de uma equipe de cerca de 100
especialistas nos campos da ciência, medicina e engenharia aeroespacial.
Joseph William
Kittinger II (Tampa, 27 de Julho de 1928) foi um piloto da força aérea dos
Estados Unidos da América. Ele ficou famoso por participar do Projeto
Excelsior onde ele saltou de um balão de hélio de uma altitude de 31,3
quilômetros (102.800 pés), no dia 16 de agosto de 1960.
Kittinger foi designado
pelo Aerospace Medical Research Laboratories da base aérea de Wright-Patterson
AFB em Dayton, Ohio, para o Projeto Excelsior.
O projeto consistia em
uma série de saltos, para testarem o sistema Beaupre de paraquedas de
multi-estágios que fosse confiável após uma ejeção a grandes altitudes e a
velocidades supersônicas.
No dia 16 de Agosto de
1960, ele realizou o salto final, denominado Excelsior III a
31.300 metros de altura (102.800 pés). Ele ficou em queda livre por 4
minutos e 36 segundos e alcançou a velocidade máxima de 988 km/h
(614 milhas por hora) antes de abrir seu pára-quedas a 5.500 m (18.000 pés).
Ele bateu todos os
recordes para a maior altitude alcançada por um balão, maior altitude
de um salto de paraquedas, maior queda livre e maior velocidade
atingida por um homem através da atmosfera.
O tempo total do salto
foi de 13 minutos e 45 segundos, onde Kittinger foi exposto ainda a
temperaturas de até -70º Celsius. De acordo com Kittinger, ele quebrou a
barreira do som (!!!) chegando a 1.148 km/h (714 milhas por hora)
durante seu famoso salto.
Controvérsias: Além do fato de certas fontes não confirmarem que
Kittinger realmente chegou a quebrar a barreira do som, existem também
divergências de que o salto de Kittinger não foi uma queda livre real, já que
ele usou um pequeno paraquedas, que se abriu 13 minutos após pular da gôndola,
para estabilizar sua queda.
Kittinger teria
percorrido então cerca de 25.800 metros de queda livre. Há também o fato de que
o salto foi efeuado para fins militares, o que não o validaria
como recorde.
Sendo assim: De acordo com o
Guinness Book of Records, Eugene Andreev (USSR) detém até hoje o
recorde oficial da FAI (Fédération Aéronautique Internationale) de maior queda
livre. No dia 1° de novembro de 1962, perto da cidade de Volsk, Andreev
percorreu a distância de 24.500 metros, depois de pular de uma altitude de 25.458
metros (83.523 pés) e só abrindo seu paraquedas a 958 metros do solo.
Andreev aterrissou com segurança perto da cidade de Saratov.
O C&M fica por aqui. Agradeço sua VISITA...
VALEU!!!
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